As Wayrakuna

As Wayrakuna

O movimento Plurinacional Wayrakuna: polinizando a vida e semeando o Bem-Viver é uma rede ancestral artístico-filosófica que se vincula à reflexão e expressão das lutas das indígenas mulheres cis e trans no Brasil e nas Américas. O termo Wayrakuna foi cunhado por Aline Kayapó em 2020, porém o movimento é a resposta ao chamado de todas as nossas ancestrais que já estavam se movimentando muito antes da existência do termo. Todas somos membras fundadoras, pois buscamos a coletividade, autonomia, parceria, trabalhos em rede e a partilha. Wayra é uma palavra em Aymara e significa ventania. Wayrakuna = Filha da Ventania. A Ventania não se vê, mas a presença é forte. O vento traz boas novas, renova o ar e poliniza sementes.

O vento é diferente em cada local, por isso cada local tem suas pautas específicas, o que nos une é nossa ancestralidade e nossa luta para darmos visibilidade às lutas de nossas ancestrais, podendo ressignificar nossas histórias individuais, dos nossos povos e consequentemente a História do Brasil sob a ótica das Indígenas Mulheres.

Nosso principal desafio é fortalecer esta Rede de Indígenas Mulheres com representantes de todas as regiões e biomas brasileiros, assim como países da América Latina, para a produção de conhecimentos acadêmicos por meio do Grupo de Pesquisa Wayrakuna - primeiro grupo de pesquisa formado somente por indígenas mulheres ligado ao CNPQ criado em parceria com a UNEB - Universidade Estadual da Bahia, trazendo para as pautas contemporâneas a luta ancestral das Indígenas Mulheres para assim podermos deixar um legado para as futuras gerações.

Visamos expressar nossas lutas por meio da Arte Contemporânea, nos apropriando de ferramentas como o teatro, artes visuais, documentário, dança, circo e música para ecoar nossas vozes e transmutar nossas memórias de dor; e ainda, multiplicar saberes e fazeres de Indígenas Mulheres através da promoção e fortalecimento das nossas artes autorais e em coautoria, assim como publicação de livros e artigos, promoção de imersões, encontros e eventos para a troca de saberes e divulgação dos trabalhos, organização de cursos e mini-cursos em parceria com instituições de ensino, podendo até chegar ao sonho da criação de uma Universidade Independente.

Enquanto movimento vislumbramos fortalecer a retomada ancestral, as lutas, manifestações e ativismos que estejam alinhados com nossas pautas.

E esta é nossa missão, continuar semeando sementes!! Somos a continuidade…

Conselheiras

Aline Ngrenhtabare Lopes Kayapó

Pertencente ao povo indígena Mebengokré e descendente do povo Aymara- Peru, mãe do Yupanki Bepriabati, escritora, ilustradora, ceramista, batedora de açaí, artista plástica, pesquisadora indígena, ativista no movimento indígena nacional e no movimento nacional de indígenas mulheres. Coordenadora conjunta no instituto Cartografando Saberes, ligados ao Núcleo de altos estudos da Amazônia- UFPA, atuando na área de Direitos Humanos, membra fundadora do movimento Wayrakunas, rede ancestral-filosófica que se vincula a reflexão da resistência das indígenas mulheres no Brasil. Membra do conselho editorial da GRUMIN, graduanda em Direito pela UNIFTC, secretária regional de comunicação do MUPOIBA e membra
do Parlamento Indígena do Brasil, membra do Parlamento Indígena do Brasil, membra fundadora do movimento Wayrakunas, rede ancestral-filosófica, que se vincula à reflexão da resistência das indígenas mulheres no Brasil.

Bárbara Nascimento Flores Borum-Kren

Mãe da Rhara, Cainã e Kauai; Pertencente ao povo Borum-Kren (remanescentes botocudos - indígenas do tronco Macro-Jê da região de Ouro Preto/ MG) e descendente Maxacali - é dançarina, professora, pesquisadora e escritora, graduada em Turismo - PUC-Minas; especialista em Educação Ambiental e Sustentabilidade - Faculdade Metropolitana / BH - MG; Mestre e Doutora em Desenvolvimento e Meio Ambiente - UESC/ Ilhéus - BA; Membra Fundadora do Wayrakunas - Rede ancestral-filosófica, que se vincula à reflexão da resistência das indígenas mulheres no Brasil; Associação Multiétnica Wyka Kwara - GT Bem-Viver; Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara - Vila de Agricultura e Justiça. Autora dos livros: Filhos Melhores para o Mundo: por uma educação ambiental de berço; Ecofeminismo e Sustentabilidade Ambiental: uma análise a partir da organização social de comunidades indígenas e ecovilas.

Eliane Potiguara

Indígena da etnia Potiguara, professora, escritora, ativista e empreendedora indígena brasileira. Fundadora da Rede Grumin de Mulheres Indígenas. Foi uma das 52 brasileiras indicadas para o projeto internacional "Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz". Formada em Letras e Educação, licenciou-se em Letras (Português e Literatura) e Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem Especialização em Educação Ambiental pela UFOP. Participou de vários seminários sobre Direitos Indígenas na Organização das Nações Unidas, em organizações governamentais e não governamentais. Primeira escritora indígena no Brasil. Nomeada uma das "Dez Mulheres do Ano de 1988" pelo Conselho das Mulheres do Brasil. Integra o Comitê Consultivo do Projeto Mulher: 500 anos atrás dos panos, que culminou no Dicionário mulheres do Brasil. O seu carro chefe é a obra intitulada "Metade Cara, Metade Máscara" que está na sua terceira edição pela GRUMIN Edições e aborda a questão indígena no Brasil. Conselheira do Movimento Wayrakunas - rede ancestral-filosófica, que se vincula à reflexão da resistência das indígenas mulheres no Brasil.

Jamille da Silva Lima-Payayá

Indígena pertencente ao povo Payayá, originários do sertão da Bahia, onde se encontra o Território Indígena Payayá, na Yapira (Cabeceira do Rio), no município de Utinga (BA), Chapada Diamantina. É professora do Departamento de Ciências Humanas (DCH IV) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), onde coordena o Laboratório Saberes Geográficos e Alteridade (SABGEO). Atua no Movimento Associativo Indígena Payayá (MAIP), dedicando-se à educação indígena e à pesquisa histórica e geográfica referente aos povos indígenas na Bahia. Geógrafa, com doutorado em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), atua nos programas de Pós-Graduação em Educação e Diversidade (MPED) e Estudos Territoriais (PROET), ambos da UNEB. Membra fundadora do movimento Wayrakunas, rede ancestral-filosófica, que se vincula à reflexão da resistência das indígenas mulheres no Brasil.

Jumara Teodoro Payayá

Pertencente ao povo Payayá, povo originário do sertão baiano, seu território se situa na Chapada Diamantina, em Yapira (Cabeceira do Rio), no município de Utinga (BA), Contadora e professora e Mestre em Contabilidade. Integra a direção do Movimento Unido dos Povos Indígenas da Bahia (MUPOIBA) e do Movimento Associativo Indígena Payayá (MAIP). Membra fundadora do movimento Wayrakunas, rede ancestral-filosófica, que se vincula à reflexão da resistência das indígenas mulheres no Brasil.

Káritas Yamani Kandara Correia Gusmão Ywa'dju Minrī

Pertencente ao povo Pataxó Hã Hã Hãe, graduanda em bacharelado e licenciatura em letras português e espanhol pela Universidade de São Paulo, ativista cultural junto ao Movimento de Teatro de Grupo da cidade de São Paulo, artivista cantante no Cabaré Feminista, produtora e defensora de alimentos não transgênicos e sem agrotóxicos, artesã, costureira, ativista no movimento indígena e movimento de indígenas mulheres, membra fundadora do movimento Wayrakunas, rede ancestral-filosófica, que se vincula à reflexão da resistência das indígenas mulheres no Brasil.

Miguelina Cardoso Lopes

Descendente do povo Aymara-Peru, assistente social, pós graduada em serviço social e práticas em saúde pública e hospitalar, atualmente estou como assistente social no Núcleo de Apoio à Saúde da Família e Atenção Básica ( NASFAB), atuo também na área de saúde integrativa, sou artesã, mãe da Amanda Lopes e membra fundadora do movimento Wayrakunas Brasil- rede ancestral filosófica que discute a questão das indígenas mulheres no Brasil.

Nossas Publicações

Terra, Teto e Trabalho – Por que o território deve anteceder todas as lutas?

As Filhas da Ventania

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