Enquanto fortes atuantes do movimento indígena, participamos de diversas movimentações políticas nos últimos anos. Integramos o ATL - Acampamento Terra Livre já alguns anos em Brasília; participamos da Marcha das Mulheres Indígenas em 2021 como delegação Wayrakuna; colaboramos com o ENEI - Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas de 2022 na Unicamp como organização da comissão científica, palestrantes e pareceristas. Participamos das Jornadas de Agroecologia na Bahia desde 2019, além das variadas manifestações contra os projetos de morte, como a construção de hidrelétricas no Rio Madeira e outras construções de megaempreendimentos dentro dos territórios, assim como a mineração e os crimes ambientais da Vale, o garimpo ilegal, avanço do agronegócio, e uma lista imensa de crimes contra nossos corpos-território.
No último ano de 2021 realizamos em Serra Grande/BA a I Mostra Wayrakuna de Arte Contemporânea, que teve o intuito de fortalecer e divulgar o trabalho de artistas indígenas residentes na região, onde foram apresentadas performances musicais, teatro, poesia sonora, dança, artes visuais com documentário e exposição de telas, fotografia e de artesanatos.
Em 2022, realizamos também o I Abril Indígena Wayrakuna, também em Serra Grande/BA que foi um evento que teve o intuito de marcar o mês da Consciência Indígena e visibilidade das lutas dos povos Indígenas por meio de roda de conversa com indígenas que contaram suas histórias de luta aberta ao público geral, onde também aconteceu apresentação musical e exposição de arte e artesanato.
Em 2022, fomos convidadas para realizar a Oficina Pintura Corporal e Empoderamento da Indígena Mulher dentro da Programação do Abril Indígena da cidade de Ouro Preto/MG promovido pela comunidade indígena do Povo Borum–Kren, originários da região dos Inconfidentes em parceria com a prefeitura municipal de Ouro Preto/MG.
Neste ano, realizamos também uma formação política interna, mas aberta ao público em geral, que teve o intuito de nos capacitarmos com relação aos temas e aos projetos políticos que afetam diretamente os povos indígenas, assim como as indígenas mulheres, como por exemplo o Marco Temporal, PL420, Processo Histórico do Genocídio Indígena no Brasil Imperial e República, dentre outros.